terça-feira, 6 de abril de 2010

Fonte Dos Namorados

Casa e capela Srº do Calvario

Vergilio Ferreira

Vergílio António Ferreira (Melo, 28 de Janeiro de 1916 — Lisboa, 1 de Março de 1996) foi um escritor português.

Biografia
Filho de António Augusto Ferreira e de Josefa Ferreira. Em 1920, os pais de Vergílio Ferreira emigram para os Estados Unidos, deixando-o, com seus irmãos, ao cuidado de suas tias maternas. Esta dolorosa separação é descrita em Nitido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos 10 anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.

Em 1932, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J"". Vergílio Ferreira morre em Lisboa, a 1 de Março de 1996 e é sepultado em Melo.

Capela de Santa Marta

A possível data de edificação, que se pode depreender pelo estilo formal de gosto maneirista, oscila entre meados do século XVI e início do século XVII. Em geral trata-se de uma capela de dimensões modestas, de planta rectangular simples com uma nave única, mas com um cuidado trabalho de fachada.

A fachada principal, de tipologia clássica, é formada pelo um frontão triangular com um óculo central, e pelo conjunto do portal de arco de volta-perfeita (semi-circunferência) com uma arquivolta. A ladear o portal estão duas pilastras vazadas com bases robustas de carácter ornamental (sem função de suporte) sob um friso preenchido com relevos escultóricos de temática grotesca (tipologia decorativa importada de Itália). Sobre este friso, e a rematar o conjunto do portal, está um frontão curvo interrompido, com um nicho central onde se encontra uma escultura de São Paulo.

A fachada lateral apresenta um portal de tipologia idêntica ao da fachada principal.

A capela foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1938.

Pelourinho

O pelourinho data do século XVI e foi erguido como símbolo da dignidade de sede de concelho que Melo possuiu até 1834. O pelourinho é de pedra e ergue-se sobre cinco degraus de secção quadrangular apresentando um corpo principal facetado com remate em diferentes níveis volumétricos e um escudo português com as cinco quinas (cinco escudetes com cinco besantes cada). Tem uma pequena cruz de ferro no topo.

Foi classificado como Monumento Nacional em 1915.

Melo

Melo (em ortografia arcaica Mello) é um relativamente frequente apelido de família da onomástica da língua portuguesa. Sua origem provável é o topônimo Melo (em Portugal), cuja origem poderia ser uma corruptela do nome de uma ave, o melro.

Descende esta família da linhagem dos de Riba de Vizela. D. Soeiro Reimondo de Riba Vizela que em princípios do século XII vivia na sua quinta de Aguiar, freguesia de S. Cosme, concelho de Gondomar, junto ao Porto, foi rico-homem e alferes-mór de D. Afonso II e casou com D. Urraca Viegas.

Foi chamado o Merlo - ou «melro» -, (contemporâneo dos reis D. Afonso III e D. Dinis) foi chefe de linhagem dos «de Riba de Vizela» e, por esta via, da dos «da Maia». Vindo para o Sul, fundou na Beira a vila de Merlo, depois Melo, sendo dela senhor, bem como de Gouveia.

Do seu casamento com D. Urraca Viegas, filha de D. Egas Gomes Barroso e de sua mulher D. Urraca Vasques de Ambia, teve descendência na qual se fixaria o nome Melo. Assum, de seu filho D. Mendo Soares, que lhe sucedeu como Senhor da vila de Melo, provém a família Melo. De seu outro filho, Pedro Soares, provém a família Alvim.

Mantem-se, na actualidade, o uso por parte de várias famílias, da grafia Mello. Na impossibilidade de saber com exactidão quem assim assina ou está registado e também por uma questão de uniformidade de critérios, adoptamos aqui a grafia moderna, i.e., Melo.